sábado, 12 de dezembro de 2009

Postei a informação da campanha "Por uma Guidoval mais bonita" e repassei aos amigos e conterrâneos.

Minha lista é pequena. Tenho 262 e-mails cadastrados, entre guidovalenses e “neoguidovalenses”.

Considero “neoguidovalenses” todos os parentes e os amigos que compartilham comigo o amor que tenho pela terrinha que Guido Marlière adotou para viver e morrer.

Se um projeto é a favor de Guidoval: “tô dentro!”.

Quando tem alguma notícia que eu acho que possa ser de interesse coletivo mando e-mails aos amigos, conterrâneos e parentes. Nem sempre recebo respostas. Não me importo. Não busco respostas. O objetivo, na maioria das vezes, é apenas informar.

O último e-mail sobre "Por uma Guidoval mais bonita". Teve repercussão acima do normal. Recebi réplicas a “favor” e “contra’.

Alguns, até enfesados, que resumo a seguir:

“Não dou um tostão, isso é responsabilidade da Prefeitura. (...) (...) Eu deixo esses arroubos de falsa cidadania para os românticos!”


Para não comprometer o amigo, mantenho em sigilo a confiança em mim depositada ao desabafar a sua ignomínia.

Outro e-mail recebi do Artista Plástico Danilo Carvalho, hoje radicado na cidade de Tiradentes querendo saber:
“Quem é a Fátima que está com um projeto "Por um Guidoval mais bonito."



Respondo:
Fatinha é casada com o meu amigo Elísio Avidago Andrade e é filha do Antônio Euzébio Pereira (Tuninho Estulano) o maior artilheiro do Cruzeiro (preto-e-branco) Futebol Clube de Guidoval. Merecidamente ele recebeu o troféu “Bola de Ouro”, em 20/01/2007, como o melhor jogador de todos os tempos na promoção feita pelo JORNAL DE GUIDOVAL, quando da publicação da “REVISTA DO CRUZEIRO” (http://74.55.255.99/~jornalde/guidoval/Revista_do_Cruzeiro.pdf)


Outro e-mail, veio de um empresário, desesperado, que desabafou:

“Agradeço pela sua preocupação, mas estamos abandonados na zona rural ...
Pedimos socorro a prefeitura e nada fazem ...
É um absurdo o descaso ...
Temos oferta de terreno e galpão em São Geraldo ... Rodeiro ... Rio Pomba .... Visconde do Rio Branco .... Temos que aceitar a triste situação de que Guidoval está regredindo .
Não temos apoio nenhum ... São várias reclamações e nada ...
Gastaram R$103.000,00 em Torneio Leiteiro com apenas uma vaca de Guidoval, não valorizando os nossos produtores ...”


A este conterrâneo eu pergunto:
- O candidato a Vereador que você votou foi eleito? Se foi, peça-o para bem representá-lo.
Se não foi eleito procure os nove vereadores eleitos e faça as suas ponderações e reclamações. Exerça a sua cidadania.
Afinal você paga impostos e eles são muito caros.


Um outro e-mail é de quem ajuda e participa dentro do possível das causas em prol de Guidoval.

Eis a transcrição:

“Caro conterrâneo,
Deverei encaminhar algum valor para a finalidade proposta.
Como será feito para este caso um relatório, há alguns dias estava para lhe propor algo idêntico para o caso das contribuições enviadas para o Conselho Tutelar. No ano passado e este ano depositei um certo valor, por sugestão e interferência sua, quando nos mandou o número da conta a ser encaminhado o recurso.
Não o fiz no ano de 2007, pois quando recebi a sua sugestão naquele ano de 2007 já tinha feito meus depósitos para instituição daqui de Marília e não tinha como encaminhar mais recursos no final do ano (novembro/dezembro). Já estavam comprometidos e esgotados. Talvez, em verdade, mais esgotados que comprometidos.
Neste ano não recebí e-mail seu a respeito. A conta é a mesma? Usei o mesmo número de conta do ano passado.
Grato pela atenção.
Parabéns pelo seu trabalho por nossa querida Guidoval.”


Este conterrâneo que conheci primeiro através da internet e só depois pessoalmente, numa Festa de Santana, sinto-me orgulhoso em tê-lo como amigo e faço questão de nominá-lo.

É João Bosco da Costa Azevedo. Filho dos saudosos João da Costa Azevedo (sapateiro) e Adelaide Bressan (costureira ). Ele reside em Marília.

Mesmo distante de Guidoval, pois saiu muito jovem de nossa cidade, não a esquece e se dispõe a atos de generosidade e inteligência fazendo doação ao “Conselho Municipal da Criança e do Adolescente”.

Foi através do artigo “Tributo: é melhor doar do que pagar” publicado no JORNAL DE GUIDOVAL (Nº 29 - Nov/2007) que o João Bosco tomou conhecimento do nosso Conselho Tutelar e tem feito as suas doações.

Atendendo a sua solicitação consultei o Luiz Carlos Nogueira, eficiente funcionário da Prefeitura Municipal de Guidoval, que me informou:


“Dé,
Conforme solicitação, informo que os recursos estão depositados em conta bancária (Poupança).
Já compramos todos os equipamentos para a instalação do Conselho Tutelar de Guidoval. O saldo está em R$ 6.525,00, que você poderá me procurar na Prefeitura para lhe mostrar os extratos bancários.
Carlinhos.”


Prezado João Bosco e demais conterrâneos, informo ainda que o Conselho era presidido pelo nosso saudoso Padre Pedro que faleceu no dia 24 de novembro.


UMA PAUSA:
Neste instante, como cristão, eu peço aos que têm FÉ e acreditam em DEUS que façam uma prece pela alma do Padre Pedro.

CONTINUANDO:
O Carlinhos da Prefeitura me informou que Luiz Gomes assumiu a presidência com a morte do Padre Pedro.


Fazem ainda parte do Conselho: Célia Rodrigues Ramos Alvim, Luiz Carlos Nogueira, Joana D’Arc Faria Vieira, Herminio Pereira Coelho, José Gomes Teixeira, Elismar Vieira Coelho e Joana Carvalho de Souza.

Louvo aos que participam dos trabalhos sociais, serviços comunitários e coletivos, mas sempre haverão maledicentes para, de braços cruzados, jogar pedras e cizânia.

A campanha que ajudei a promover em 2007 floresce. Já vejo alguns frutos.

Muitos anonimamente contribuem como era o caso do João Bosco, que em boa hora, levantou questionamentos corretos e pontuais.

Aproveito que surgiu o assunto do Conselho para agradecer, neste espaço, ao amigo Paulo Afonso Schettini, companheiro de trabalho na CEMIG e nascido na pequena Muriaé.

Em dezembro do ano passado atendendo ao meu e-mail fez a sua DOAÇÃO ao Conselho Municipal da Criança e do Adolescente de Guidoval.

Com certeza muitos outros amigos e conterrâneos fazem, anonimamente, as suas doações. Não há necessidade de se divulgar.

Mas se eu ficar sabendo, tenho a língua solta e conto para todos os que quiserem me ouvir.

Mas, voltando aos outros e-mails.
O título deste POST é “Um guidovalense para se orgulhar”.

Poderia ser o João Bosco da Costa Azevedo. E em parte, o é.

Mas é o e-mail que recebi do Cientista-Doutor Rodrigo Marques de Oliveira que me fez postar estas informações.

Na Edição Nº 5 de janeiro/2003 o JORNAL DE GUIDOVAL (http://74.55.255.99/~jornalde/rodrigo_05.htm) informou:


Guidovalense brilha na USP

O nosso conterrâneo Rodrigo Marques de Oliveira apresentou, no dia 15 dezembro, no Instituto de Física da USP em São Carlos um trabalho de Pós-Graduação em nível de Mestrado.


O assunto, de forma popular, pode-se dizer que trata de “semicondutores fabricando LED’s que emitem luz no infravermelho”.


As aplicações mais comuns desses LED’s poderão ser em controles remotos, alguns alarmes residenciais e comunicação sem fio (WIRELESS).


A dissertação do físico Rodrigo foi aplaudida com entusiasmo pela banca examinadora, por se tratar de um trabalho inédito nessa área científica, não sendo encontrado no mundo nada idêntico.


Sob a orientação do Prof. Dr. Euclydes Marega Junior, o projeto de pesquisa teve o amparo da CAPES, que durou 30 meses. A USP investiu na montagem do laboratório Cinco Milhões de Reais.


O brilhante guidovalense busca agora fazer o doutorado sobre um BIO-SENSOR de forma a medir a uréia no sangue.


Para tanto, junto com a Profª Drª. Débora Gonçalves (grupo de polímeros), apresentou um projeto à Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) e aguarda a sua aprovação. Busca-se, de imediato, obter concentração de moléculas no sangue, agilizando-se os resultados dos exames laboratoriais.


Numa visão futurista, tecnologia semelhante poderá empregada para identificar, por exemplo, o tamanho da cadeia de DNA (o famoso teste popularizado no Programa do Ratinho).


O jovem Mestre Rodrigo é um dos fundadores do Movimento Ecológico Guidovalense (MEG). Mesmo com a maior parte de seu tempo consumida por pesquisas, é Conselheiro atuante do MEG, defensor do meio-ambiente e das causas ecológicas.


Nossa reportagem o encontrou em sua residência elaborando um projeto de jardinagem e reurbanização da Praça Major Albino, escolhendo plantas e flores de forma a valorizar este recanto de nossa cidade.


Ainda acha tempo para manter, junto com o Prof. Evandro e Fabrício – seus irmãos, um site (www.vestibulandoweb.com.br) dedicado aos vestibulandos, um dos mais completos nessa área, tanto que tem um link dentro do site da TV Panorama.


Como podemos perceber o que o movimento "Por uma Guidoval mais bonita" agora se propõe, já era preocupação do jovem cientista Rodrigo em 2002.

Melhor ler o e-mail que ele me escreveu, na correria entre uma experiência e outra.

“Olá Dé,

Bom dia!

O email que segue será pontuado. Escrito à medida que eu for lembrando de alguns fatos.

Fico feliz que o povo ainda, mesmo que muito comedido, se manifesta.
Fico infeliz, por saber que novamente, são os de sempre. Um ou outro novato.

E repito a indagação que fiz ao Renato (jornal Saca-Rolha) pessoalmente há um mês aproximadamente: Cadê os novatos? Não se mobilizam mais?


Esmolamos candidatos para comporem e auxiliar nas modestas tarefas do MEG. Não há gente disposta a ajudar. No momento da reunião, talvez haja até uma manifestação maior.

Mas fica num "eu faço e aconteço" e só. Não percebo mais o envolvimento de poucos anos atrás. Tempo em que as pessoas se reuniam para fazer serenatas (no qual vc foi e é mister) e tantos outros grupos formados para um bem qualquer. Fosse ele um bloco de carnaval com as marchinhas, fosse a catação de latinhas para reciclagem em 1996 (primeira vez q aconteceu na cidade), fosse festival do Chopp e por aí vai.

Em compensação, todos têm tempo para ficar no Twitter, Facebook, Hi, Orkut, e afins. E repito uma frase que disse numa palestra que dei na USP e fui prontamente aplaudido: A inclusão digital, trouxe a exclusão social, percebida prioritariamente nas pequenas cidades do interior.


Obviamente, pq aqui (digo lá, em Guidoval) todos se conhecem, não há violência, deixamos casa aberta quando vamos ao armazém, etc. É uma pena. E jogamos no lixo o que temos de mais próprio, nossa identidade, referência que ouço em todo congresso. Opa, será em MG?

Muito bom, muitos doces e comida saborosos, povo hospitaleiro e gentil, papo agradável, e tantas outras coisas q nos enchem o peito por sermos mineiros.

Retomando, as idéias do MEG hoje são dificílimas de se implementar.


Falta mão de obra. Gente disposta a contribuir para melhoria da cidade,sem querer nada em troca, além de um ambiente mais social, humano e saudável. Pode soar pesado ouvir isso, mas é verdadeiro. Sei do esforço que eu pessoalmente fiz pra convencer ou tentar convencer tantos a fazerem algo em prol do meio ambiente local. Preciso convocar alguns guidovalenses pra conversar sobre isso. Para ter uma visão de outros ângulos. Como pôr gente nova e agregar valor. Fazer acontecer mais vezes. Temos muitos graduados em Guidoval hoje. E que estudaram em universidades públicas. Precisam dar a contra partida.

Um exemplo claro foi a proposta de revitalização que fizemos para a Praça Major Albino. O Doutor Daniel Amaral, filho da Auxiliadora, me auxiliou.


Estivemos juntos na praça levantando o que precisaria ser feito, em qual intensidade e quais espécies seriam plantadas para garantir maior beleza e facilidades de cultivo e manutenção; melhoria da iluminação, etc. A Rita Bressan esteve na praça comigo e Daniel algumas vezes discutindo.


Fabrício e Evandro, meus irmão se empenharam. Fizeram fotos. Redesenhamos os canteiros. Identificamos problemas. Apontamos soluções.


Você e Marcílio estiveram em minha casa para uma entrevista num dos dias em que eu estava selecionando as espécies, lembra-se disso? Vocês foram me entrevistar sobre a Defesa do Mestrado. Já caminha pra 6 anos.


Retomando, aquele projeto nunca saiu do papel. E outros tantos, registrados em ata, como a navegação pelo Chopotó durante a FESTA DE SANTANA também nunca saiu do papel. Faltaram recursos? Sequer foram pedidos.


Antes disso faltou gente pra fazer acontecer sem tirar proveito próprio.

Lembro-lhe que o MEG, pela idade adquirida e atividades realizadas, consegue pleitear valores razoáveis para execução de pequenos projetos.

Sejam eles projetos de 5, 30 mil ou mais. Mas precisamos de gente disposta a fazer a coisa corretamente, ajudar e que não sejam ansiosas.


Tenham a paciência de planejar, solicitar o recurso e aguardar 2 a 4 meses para o dinheiro sair. Pode ser visto como demorado, mas se planejado, tudo poderá acontecer a seu tempo. Trabalho com pesquisa de ponta e falo com propriedade sobre isso.

Sobre a proposta encaminhada aos poucos conversarei mais com um e outro.


Já me chegou por outros meios, sem que me explicassem exatamente o que pretendem e como pretendem.

Darei minha contribuição como sempre o fiz e farei força para que o MEG também o faça, seja facilitando a liberação de mudas nos viveiros oficiais do Estado, seja diretamente através de uma contribuição simbólica em espécie, se possível, de ambas as formas. Mas, insisto, é preciso que venham até a ONG, que vão à prefeitura, etc. Ir à prefeitura? Sim.


Guidoval recebe mais de 10 mil Reais para se investir em meio ambiente mensalmente há dezenas e dezenas de meses. Qualquer um tem acesso a este valor hoje em dia, através da própria internet. Pra onde tem ido esse dinheiro? Guidoval recebe essa quantia porque tem uma usina que cuida do lixo, porque tem uma Área de proteção permanente.

Recentemente (algo em torno de um mês) a prefeitura convocou algumas pessoas para formarem uma nova comissão para "lidar" com as questões ambientais. Digo nova, porque, ela própria (a prefeitura) se esqueceu que criaram o Codema lá pelos idos anos 2000. Novamente, ninguém do MEG foi convidado para esta nova comissão.


Codema = Conselho de Defesa do Meio Ambiente.

Desde então, o Codema tornou-se mais um mecanismo pra entrar mais recursos no município. E essa nova comissão provavelmente trará ainda mais. O que está acontecendo, por que tanta comissão, não sabemos.

Passou-se um ano praticamente da terrível enchente. O que mudou? Qual fatia desse dinheiro - que deveria obrigatoriamente ter sido aplicado em meio ambiente - foi usada para fazer alguma melhoria ou minimizar seus efeitos? De novo, vamos perder medicamentos na unidade de saúde caso o rio transborde?

Até hoje existem pessoas que não conseguiram reeguer sua casinha na Vargem Alegre. Onde está a Assistência Social prevista no direito constitucional? Se o dinheiro não voltou ao erário, então pra onde está indo?


Sobre as chuvas... Quer a previsão para este ano? A temperatura na zona da mata será superior a do ano passado e choverá acima do que choveu no ano passado. A previsão é para o trimestre: dezembro, janeiro e fevereiro. Não tem nada diretamente ligado ao tal aquecimento global.


Guidoval fica quase no limite da faixa de convergência do Atlântico Sul: o corredor de muita umidade que vem da Amazônia e deixa o país pelo sudeste.


Haverá nova enchente sobre a ponte? Há previsão para muito mais que isto desde o primeiro alerta em 2008. Meu bom senso de físico reza e considera que a chuva cairá bem distribuída e que nossos Chopotó, Paraíba do Sul, Muriaé, darão conta de escoar toda a água a tempo de evitar danos maiores. Que a chuva virá em maior volume, essa é a única certeza.

Quero deixar claro que não é uma crítica ao prefeito. O que critiquei em todo este email foi a falta de interação, atitude e descrença de todos.

Peço desculpas pelo email longo. E perceba que foi um email com pontuações,aparentemente desconexas. Mas que no fundo, costuram a falta de união, a falta de lembrança, interação,principalmente reivindicação.
Guidoval precisa reaprender isso.

Sempre cuidamos para que, em seus eventos o MEG convocasse Prefeitura, EMATER, bombeiros, policias, IEF, FUNASA e principalmente associações locais. Da Festa do Pombal à Festa do Guido, passando pelas análises de água do município. Por falar em lembrança....

Exemplo:

Você se lembrou de colocar o MEG no encarte quando lançou o CD. Não havia motivos para tal.


Você não o fundou. Nunca pertenceu à diretoria. Não ficaríamos tristes caso não o fizesse. Havia motivos sim. E nos orgulhamos muito. A impessoalidade, a vontade de fazer algo público, e não apenas em benefício próprio ou de uma minoria estava e está em você. Por isso, aconteceu dessa forma.

Bom, já divaguei demais. Peço desculpas pelo email-desabafo um pouco longo. E desculpas tb por possíveis erros de português já que estou escrevendo apressadamente enquanto aguardo o término de um experimento.
Abraço, Rodrigo.

PS:
A lista dos fundadores do MEG está na internet (no antigo site), no endereço provisório, sugestivo, permitido estatutariamente e hospedado sem cobrarem nada do MEG.

http://www.minhacidadelimpa.com.br/fundadores.htm”


Como titulei o POST, não exagerei, pois o Rodrigo é “Um guidovalense para se orgulhar”.

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