quinta-feira, 29 de abril de 2010

Hino do GALO (Clube Atlético Mineiro)




Se Houver Uma Camisa Preta e Branca...


texto de Roberto Drummond


Se houver uma camisa preta e branca pendurada no varal durante uma tempestade,o atleticano torce contra o vento. Ah, o que é ser atleticano? É uma doença? Doidivana paixão? Uma religião pagã? Bênção dos céus? É a sorte grande? O primeiro e único mandamento do atleticano é ser fiel e amar o Galo sobre todas as coisas. Daí, que a bandeira atleticana cheira a tudo neste mundo.

Cheira ao suor da mulher amada.
Cheira a lágrimas.
Cheira a grito de gol
Cheira a dor.
Cheira a festa e a alegria.
Cheira até mesmo perfume francês.
Só não cheira a naftalina, pois nunca conhece o fundo do baú, trêmula ao vento.

A gente muda de tudo na vida. Muda de cidade. Muda de roupa. Muda de partido político. Muda de religião. Muda de costumes. Até de amor a gente muda. A gente só não muda de time, quando ele é uma tatuagem com a iniciais C.A.M., gravada no coração.É um amor cego e têm a cegueira da paixão.

Já vi o atleticano agir diante do clube amado com o desespero e a fúria dos apaixonados. Já vi atleticano rasgar a carteira de sócio do clube e jurar: Nunca mais torço pelo Galo. Já vi atleticano falar assim, mas, logo em seguida, eu o vi catar os pedaços da carteira rasgada e colar, como os amantes fazer com o retrato da amada.

Que mistério tem o Atlético que, às vezes, parece que ele é gente? Que a gente associa às pessoas da família (pai, mãe, irmão, tio, prima)? Que a gente o confunde com a alegria que vem da mulher amada?
Que mistério tem o Atlético que a gente confunde com uma religião?
Que a gente sente vontade de rezar "Ave Atlético, cheio de graça?"
Que a gente o invoca como só invoca um santo de fé? Que mistério tem o Atlético que, à simples presença de sua camisa branca e preta, um milagre se opera?Que tudo se transfigura num mar branco e preto?

Ser atleticano é um querer bem. É uma ideologia. Não me perguntem se eu sou de esquerda ou de direita. Acima de tudo, sou atleticano e, nesse amor, pertenço ao maior partido político que existe:
O Partido do Clube Atlético Mineiro, o PCAM, onde cabem homens, mulheres, jovens, crianças. Diante do Atlético todos são iguais: o bancário pode tanto quanto o banqueiro, o operário vale tanto quanto o industrial. Toda manhã, quando acordo, eu rezo: Obrigado, Senhor, por me ter dado a sorte de torcer pelo Atlético.


Roberto Francis Drummond (Ferros, 21 de dezembro de 1939 — Belo Horizonte, 21 de junho de 2002) foi um jornalista e escritor brasileiro.

Em 1975, Roberto Drummond foi considerado o escritor revelação da temporada, com a publicação do romance "A Morte de D. J. em Paris", recebendo o Prêmio Jabuti.

Numa primeira fase de sua carreira, participou da chamada literatura pop, caracterizada pela ausência de cerimônias e pela proximidade com o cotidiano.

Drummond escreveu "O Dia em que Ernest Hemingway Morreu Crucificado" (romance, 1978), "Sangue de Coca-Cola" (romance, 1980) e "Quando Fui Morto em Cuba (contos, 1982).

Com "Hitler Manda Lembranças" (romance, 1984) e "Ontem à Noite Era Sexta-feira" (romance, 1988) iniciou uma nova fase em sua produção literatura, com enredos mais complexos.

Em 1991, lançou seu maior sucesso, o romance "Hilda Furacão", que foi adaptado para a televisão por Glória Perez, numa minissérie. Pare ele, o fato de o livro ter se tornado sua obra-prima resultou numa espécie de prisão. "Sou um eterno refém de 'Hilda Furacão'", dizia o escritor.

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Galo, acima de todos os tempos


Clique no PLAY acima para ouvir a música


Galo, acima de todos os tempos
(Ildefonso Dé Vieira e Roberto Drummond)
(baseado numa frase histórica de Roberto Drummond, parceria que ele não soube da existência)

Numa noite de temporal
e ventania

se estiver pendurada no varal
a camisa preta e branca
a da alegria
o atleticano de alma franca
torce contra o vento
torce contra o tempo
torce com energia


Contratempos
todos temos
não se pode negar
mas há momentos
na vida que o importante é ganhar

Neste vendaval da vida
cheio de injustiça e farsa
só nos resta o samba na avenida
o nosso GALO
e a cachaça

terça-feira, 20 de abril de 2010

Entrevista de Gilmar Mendes do STF

Tirado do Blog do NOBLAT
postado no dia 20/04/2010 às 19h11m




O ministro Gilmar Mendes se despede da presidência do Supremo Tribunal Federal dando um bom exemplo incapaz de ser copiado pela maioria dos políticos e autoridades do país, do presidente da República para baixo.

Na última sexta-feira, e durante 42 minutos, ele se submeteu a uma sabatina promovida pelo Youtube na internet. Respondeu às 16 perguntas mais votadas dentre as 408 enviadas por 953 internautas ao YouTube por meio do programa Google Moderator.

Não houve censura. Foram excluídos apenas termos chulos que acompanharam certas perguntas lidas no ar por uma locutora da TV Justiça.

Gilmar foi chamado no contexto de uma pergunta de "uma das vozes mais contundentes da direita conservadora. Em outra foi chamado de "coronelzinho".

Seis interneutas perguntaram sobre os dois habeas corpus concedidos por ele ao banqueiro Daniel Dantas, alvo da Operação Satiagraha da Polícia Federal.
Um internauta protegido pelo apelido de "Fonjuc" afirmou que o Supremo "se autodestrói e cai em descrédito distribuindo habeas corpus a banqueiros corruptos".
Outro internauta acusou Gilmar de beneficiar politicamente pessoas de sua família em Diamantino, município do Mato Grosso.
O ministro ainda foi cobrado "por falar demais" quando juízes só costumam falar nos autos de processos.
Não ficou pergunta sem resposta.
Haverá aqueles que não gostaram das respostas. Mas o ministro as ofereceu sem se desviar das perguntas.
Comparem o comportamento de Gilmar com o de Lula, por exemplo. Ou com o dos atuais candidatos à sucessão de Lula.
Por ora, Serra e Dilma só concedem entrevistas a "jornalistas amigos". Ou a jornalistas que se dispuserem a entrevistá-los de forma amena, quase cúmplice.
Foi assim, por exemplo, quando Dilma inaugurou, ontem, seu site.
No vídeo abaixo, a íntegra da entrevista concedida por Gilmar.

Gato Preto: música de Zé Manga Rosa


O meu amigo Nélio Maciel Queiroga me mandou um e-mail com um pequeno vídeo.

Foi gravado no carnaval na Represa de Três Marias.

O Nélio, a família e amigos cantam um trecho da música "Gato Preto" do grande violonista guidovalense Zé Manga Rosa.

Abaixo, transcrevo a letra da música e logo depois ela gravada amadoristicamente.

Roubaram o meu gato preto e mataram.
Foi falta de consideração,
Tiraram o couro do gato,
Prá fazer capa do meu violão.

Covarde, que maldade,
Gato preto não era ladrão.
Covarde, que saudade,
Gato preto não roubavam não.

Eu sou chofer, de caminhão,
Conheço o Rio, Paraná e o Maranhão.
Toco cavaquinho, arranho violão,
Quero aprender a tocar acordeão.

Enxada não é enxadão
Eu vou armar o meu canhão,
Quero de lambreta,
Vou te se escrever
Com a minha caneta.



É só CLICAR na Tecla PLAY do aparelhinho abaixo para ouvir o "Gato Preto".

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domingo, 11 de abril de 2010

Dia 24-03-2010 a Deputada Cidinha Campos fala sobre os ladrões da ALERJ, digo dos deputados. Ela fala que todos saõ omissos. Critica, bate, e xinga de ladrão o Deputado José Nader que se "auto" indicou para uma vaga no Tribunal de Contas.


quarta-feira, 7 de abril de 2010

Tirado do Blog do Noblat

Cidade lagoa, por Mônica Salmaso

Composição: Sebastião Fonseca / Cícero Nunes

Essa cidade que ainda é maravilhosa
Tão cantada em verso e prosa
Desde o tempo da vovó
Tem um problema vitalício e renitente
Qualquer chuva causa enchente
Não precisa ser toró
Basta que chova mais ou menos meia hora
É batata, não demora
Enche tudo por aí
Toda cidade é uma enorme cahoeira
Que da praça da Bandeira
Vou de lancha a Catumbi
Que maravilha nossa linda Guanabara
Tudo enguiça, tudo para
Todo trânsito engarrafa
Quem tiver pressa seja velho ou seja moço
Entre n'água até o pescoço
E peça a deus pra ser girafa
Por isso agora já comprei minha canoa
Pra remar nessa lagoa
Cada vez que a chuva cai
E se uma boa me pedir uma carona
Com prazer eu levo a dona
Na canoa do papai