sábado, 13 de julho de 2013

GALO por todos.



Talvez não consiga escrever algo sensato hoje, pois não voltarei à minha sã consciência tão cedo. Eu delirei, não entendi nada. Nem busquei entender, confesso. O que senti foi inexplicável.

Por que eu comemorei tanto um gol que não foi do meu time? Por que não só abri um sorriso por simpatia e torcida ao Brasil na Liberta?

Porque você é diferente, Atlético.

Pulei, gritei, vibrei, bati no chão, mesmo com a camisa de outro time, como se fizesse parte da Massa. Eu faço parte do Brasil, que está todo ele com você, Galo. Menos os cruzeirenses, únicos que compreendo a torcida contra.

Não há como torcer contra esse time não sendo rival direto.

Não consigo ver aqueles mais de 20 mil rostos cheios de lágrimas e torcer para que elas sejam de tristeza.

Nem olhar pra aquela Massa entupindo o Horto, empurrando o Galo e pressionando o adversário sem me contagiar. Nem tento, também.

Não me permito torcer pro fracasso deste sujeito chamado Alexi Stival. Azar daqueles que torcem contra o Cuca pelo simples prazer de chamá-lo de azarado depois.

Esse tal azarado tirou o xodó da torcida e apostou num cidadão constantemente xingado pelos torcedores.

E não é que esse cidadão abriu o sorriso de milhões que vivem esperando a glória? Não é que o azarado teve estrela? Não é que o azarado deu sorte?

Abaixo ao apagão de Rosário! Viva o apagão do Horto! Salve o eletricista bondoso.

Trapaça, mutreta, cambalacho? Eu chamo de artifício.

Porque quando a luz falta pros dois, ninguém é tão prejudicado quanto o time que tem dois pênaltis não marcados.

Eram pra ser marcados, era pra tudo ser resolvido no tempo normal. Com tranquilidade, até.

Mas não, tinha que ser sofrido. Tinha que ser nos pênaltis, sofrendo duas vezes com a desvantagem, sofrendo com o medo quando o craque do time, que não é muito conhecido pelo seu poder de decisão, pegasse na bola pra bater.

Tinha que ser Victor, de novo, o herói dos heróis.

Aconteceu, de novo, Galo. Você conseguiu, você está na final.

Faltam só 2 jogos e o último deles tinha que ser no Horto. Infelizmente, não será.

Tudo bem. O Mineirão, em metade, é um galinheiro e aquele hino atleticano que lá tocou há 2 meses foi apenas um esquenta, pois a maior festa está por vir.

Você está vivendo o momento mais encantador de sua história, Clube Atlético Mineiro, e levando consigo não só a Massa Alvinegra, que tanto esperou por esse momento, mas também o Brasil inteiro. Pois quem é fã do legítimo futebol bonito e admira a paixão interminável, sofredora e contagiante de uma torcida, está com você, Galo.

Agora falta pouco, muito pouco, para o final dessa história ser feliz. E fique tranquilo, atleticano, pois os deuses que vem escrevendo esse roteiro magnífico vão guardar algo ainda mais primoroso para este final.

Hoje você é a excelência de nosso futebol, Atlético.

Eu, o Brasil, todos estamos fechados com você, Galo.

Então vá, Galo!

Por você, pela Massa, pelo futebol, pelo nosso futebol, pelo Brasil.

O respeito da América você já conquistou. Agora, conquiste sua posse!

Você tem cara de campeão, futebol de campeão. Você vai ser campeão!

E se o resultado for diferente, eu me recuso a acreditar.

Porque ninguém merece mais que você, Atlético!

Parabéns, Galo. A América é quase sua.

@_LeoLealC

domingo, 7 de julho de 2013

Jura de cabocla

Jura de Cabocla



Jura de Cabocla, por Rolando Boldrin - Sr. Brasil 22/12/2012
Rolando Boldrin canta "Jura de Cabocla" (Cândido das Neves - "Índio"). Músicos acompanhantes: Edmilson Capelupi (violão), Jaime Alem (viola e arranjos), Patricia Ribeiro (violoncelo).


http://tvcultura.cmais.com.br/srbrasil/videos/jura-de-cabocla-por-rolando-boldrin-sr-brasil-22-12-2012


Jura de Cabocla

Compositor: (Índio) Cândido das Neves

Numa festa de dezembro
No natá, inda me lembro,
Tava tudo a me esperar
E a Teresa uma cabocla,
Que andava de boca em boca,
Me pediu para cantar,
Quando a viola calou-se
A jurar, num beijo doce
Ela disse, eu voltarei,
E eu atrás desta marvada
Fui de quebrada em quebrada
E nunca mais a encontrei.

Companheira é a viola                       |
Que acompanha o que eu quiser        | repete
Viola não é como a gente                  |
Que crê em juras de mulher               |

Mas um dia ó que tormento,
Me levaram a um casamento
Onde eu tinha que cantar
Cheguei lá, ó que tristeza
Era a cabocla Teresa
Que acabava de casar

Inda tava tão bonita
Toda enfeitada de fita
eu da jura me lembrei,
Quis cantar, mais tanta mágoa,
Que meus olhos se encheram d'água
Em vez de cantar, Chorei !!!

Companheira é a viola                       |
Que acompanha o que eu quiser        | repete
Viola não é como a gente                  |
Que crê em juras de mulher               |